Pode vir Kent que eu estou fervendo!

Oi, minhas bunitinha

Depois dos afetuosos (sqn) apelos para o meu post inaugural, estou aqui escrevendo sobre minhas primeiras impressões sobre o paraiso Reino Unido. Avisa Beth que cheguei!

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Interrompemos a programação para um comunicado urgente.

Brinks, n é pra perguntar sobre como anda seu intestino! KKKK Nossa pausa é pra dizer que o blog criou asas e avuou, e agora você pode encontrar novidades, babados, confusão e gritaria também no facebruiq! Clica aqui, dá um like maroto e receba de graça as notícias do que se passa no Ciência Sem Fronteiras e sobre o intercâmbio em terras britânicas! É com você, fátima!

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1) A universidade

Minha primeira surpresa quando cheguei (além da de ver o sol brilhando às 21h) foi perceber o tamanho da universidade. O taxista subiu o morro e disse “estamos na universidade”. Olhei ao redor e percebi ruas cruzando o lugar e várias casas e não acreditei. Sim, a universidade é do tamanho de uma pequena cidade e tem de tudo: 2 essentials market, cinema, teatro, vários bares e restaurantes (conheço 6, mas acho que tem mais, já que não vi todos os colleges), boate, livraria, papelaria, loja com coats customizados, além, é claro, de uma biblioteca enorme. De fato, tive problemas para me orientar nos primeiros dias. Sem exageros, nas duas primeiras semanas me perdia pelo menos 3 vezes por dia e levava uns 10 minutos pra encontrar minha casa em meio a Parkwood (uma vila de estudantes).

Biblioteca, vista de frente

Coelhos, esquilos e raposas everywhere <3

Área na frente da biblioteca. No fundo da imagem, é possível ver a catedral de Canterbury.

2) O PSE

O PSE aqui na University of Kent é dividido em listening, speaking, reading e writing pela manhã, e project e tutorial à tarde. O curso é bem intensivo, mas não te sobrecarrega. Eles te dão homework em uma quantidade boa para você aprender, mas sem te deixar louco, cheio de obrigações. Na verdade, eles te incentivam a se divertir e aproveitar o verão na Inglaterra. Uma coisa que me chamou a atenção é sobre como os estudantes são valorizados. Temos horários, individualmente, com tutores uma vez por semana para discutir nosso aprendizado, nossas preocupações, nossos projetos, mas os professores e tutores também estão abertos para conversar a qualquer momento. Aqui tem o advice center, que tem várias subdivisões, sendo que uma delas é para nos ajudar com visto, registro com polícia e essas coisas, mas também tem outra para coisas pessoais (o que eu achei incrível). Os tutores são muito bem-preparados e conseguem ir direto ao ponto, identificando precisamente suas fraquezas, problemas com seu texto e te oferecendo boas estratégias para melhorar (isso me deixou muito encantado).

Depois de muita pressão e muita espera (sério, não tentem se comunicar com o CNPq por e-mail, é cilada), recebemos a informação de que não teremos que repetir o IELTS/TOEFL, e que o teste da universidade valerá em substituição a tais exames, Felizmente, não teremos que desembolsar cash para pagar a extensão do nosso visto também, porque esse custo já foi incluído no grant oferecido para a universidade.

3) Os chineses

Honestamente, nesse PSE tive mais contato com asiáticos do que com britânicos. Chineses, japoneses e tailandeses estão espalhados pelo campus e e possível ver pelo menos 3 em cada esquina (todos segurando um iPhone). Não é uma coisa ruim, confesso, pois os chineses, principalmente, são uns amores. Sabe aquela pessoa que mal te conheceu, mas já te convida pra experimentar hot pot na casa dela? Aquela garota fofa que, depois de receber um elogio sobre seu necklace decide te dar de presente? Pois é, são esses chineses. Eles são fofos, são gentis e tratam todo mundo bem.

A teacher é a do meio. Novinha, doutora e Ph.D. Beijos de Reniew!

Mas nem tudo são flores. Há alguns chineses que tem um speaking realmente excelente, admirável, mas uma boa parte deles são apenas razoavelmente inteligíveis. Eles mantém um sotaque muito forte, trocam “th” por “s”, “v” por um rápido “u” falam de forma monótona, e tem um hábito engraçado de adicionar um “uah” no fim de cada palavra. Assim “good” se torna “gudah”, “vary” is “uary” e “think” é um perfeito “sink”. Com o tempo você vai conseguindo identificar essas falhas e entendê-los melhor! Outro problema eh que eles tem mania de se manterem em grupos com outros chineses, o que torna a aproximação mais íntima com alguns deles difícil. Quero dizer… eles, educadamente, te convidam para jantar e interagem afetuosamente em sala de aula, mas geralmente você não sente abertura para convidá-los para uma boate ou uma noite de porre.

4) Os nativos

Os britanicos adultos geralmente são doces e pomposos. Sao amáveis e tem um apego forte aos bons costumes. Isso significa que eles te alfinetam profundamente, mas com um sorriso no rosto, sem você sequer sentir, até refletir um pouco sobre as palavras e perceber que você fez alguma coisa errada. O humor é diferente também. É seco, inteligente, contido. Às vezes você gasta uns 30 segundinhos ate encontrar Dona Graça por trás de uma piada britânica, mas eles esperam que você seja educado e ria também, pois eles valorizam isso, oh, sim, valorizam bastante.

Trabalhe sua expressão de culpado, para usá-la quando chegar atrasado às aulas, e se acostume a ter uma justificativa para isso e aprenda a usar eufemismos, para não soar rude. É uma cultura diferente, mas quando você se habitua (particularmente não achei difícil), fica tudo fácil.

Ah, o SwB eh algo curioso para eles. Tive de explicar um punhado de vezes sobre o programa, seu propósito e sobre minha escolha de curso e universidade. Certa vez fui acompanhar uma amiga chinesa que buscava informações, e quando me identifiquei, junto com ela, para perguntar, a senhora falou “Oh, I know who are you. You are from Brazil. Science without borders, isn’t it? A very interesting scheme… very interesting. You must be very clever”.

A ideia do visual britânico arrumadinho pode ser desconstruida para os jovens. Moro em uma cidade do interior, e mesmo assim vejo TODO tipo de gente por aqui: cabelos coloridos, tatuados, pessoas cheias de body-piercing, vadias falando palavrões no supermercado (e se desculpando depois). Fico imaginando o que posso encontrar em Londres, que é muito maior.

5) A comida

Com as dilmas que você recebe mensalmente, você consegue se alimentar perfeitamente bem aqui e ainda sobra dinheiro, mesmo que coma fora todos os dias. Se você cozinhar a própria comida, consegue economizar ainda mais. Tem lanches no Burger King com valor promocional de £2 e no Subway, com refrigerante, por £3. Uma refeição normal custa em torno de £5 e se você comprar os ingredientes e cozinhar em casa não gasta mais que £20/week.

Crol acha que as comidas daqui são sem graça, mas eu achei saborosas, mas com sabores não tão fortes quanto os brasileiros. Aqui, batata frita está presente em praticamente todas as refeições e não é tão comum comer carne de boi (possivelmente por conta do preço), então aproveite um bom rodízio de churrasco no Brasil antes de viajar.

O fast food daqui eh criativo e é divertido ler as descrições dos hamburgers.

6) Sexo seguro

Talvez quando você adentrar um banheiro britânico, possa ser brindado com uma máquina de camisinhas na parede. É isso mesmo, amiguinho(a), você pode fazer seu banheirão tranquilo(a), sem desespero e de forma segura. Conheceu um boy/guéu -magia e esta lok(o) para acasalar? Não se preocupe se esqueceu o preservativo, basta por 2 moedinhas de 1 pound na maquininha do banheiro que você tem sua camisinha, comum ou reforçada, seu viagra ou seu vibrador!

Infelizmente, não sei se essa engenhoca está presente em muitos banheiros ou se é instalada também em banheiros femininos, mas eu encontrei num bar aqui em Kent. #fikdik #vemgent #KentÉQuente

Enfim, queridos leitores, esse é um sumário do que vivi até agora e que não foi descrito por cavalo-de-fogo ou Crol. Espero que tenham gostado! :D

Beijinhos de luz, e até a próxima!